Miomas Uterinos – Tratamento de miomas com a preservação do útero

Miomas Uterinos – Tratamento de miomas com a preservação do útero

O que são miomas?

Os miomas ou leimiomas são os tumores mais comuns do aparelho genital feminino e quase sempre se localizam no útero. São tumores benignos que tendem a regredir juntamente com o útero após a menopausa. Até os 50 anos de idade, 40 a 60% das mulheres desenvolverão miomas uterinos. As pacientes com miomas poderão desenvolver sinais e sintomas conforme o tamanho e a localização destes. Estes sintomas é que determinam se haverá necessidade de tratamento medicamentoso ou intervencionista.

Quais são os sintomas?

O sintoma mais comum é o aumento da perda sanguínea durante ou fora do período menstrual. Também pode haver dor e compressão de órgãos como a bexiga, o intestino ou outras estruturas vizinhas ao útero.

Fui diagnosticada como tendo miomas e tenho planos para engravidar, e agora?

Quando a paciente apresenta sintomas o tratamento clínico medicamentoso é a primeira indicação. Se este não apresentar resultados é necessário optar por outros tratamentos. A retirada cirúrgica apenas dos miomas (miomectomia) é possível na maioria dos casos. Porém a embolização de miomas deve ser considerada quando existe risco de perda do útero (histerectomia) durante a tentativa de retirada dos miomas. Além disso, a embolização pode ser a melhor opção para pacientes que já fizeram a miomectomia e apresentam crescimento de novos miomas. Portanto é uma técnica que trata os miomas preservando o útero.

Como é realizada a embolização de miomas uterinos?

É realizada através de uma pequena incisão, de aproximadamente 3mm, na virilha. Através dessa pequena incisão é introduzido um cateter (um fino tubo) pela artéria femoral. O cateter progride até as artérias uterinas, onde são liberadas partículas que obstruem a irrigação dos miomas fazendo com que os mesmos regridam ou desapareçam. Esse procedimento é realizado numa sala de hemodinâmica (cateterismo).

Que tipo de anestesia é utilizada para a embolização de miomas?

É efetuada uma anestesia local na região inguinal (na virilha) com sedação, não havendo necessidade de anestesia geral, raquianestesia ou anestesia peridural, o que permite uma recuperação mais rápida para a paciente.

Há muito Sangramento? Pode ser preciso uma transfusão sanguínea?

Não. Por ser uma técnica minimamente invasiva se evita a maior perda de sangue. A perda de sangue é mínima, aproximadamente 15-20 ml, não havendo necessidade de transfusão sanguínea.

Como é o pós-operatório?

A paciente fica, em média, 1 dia internada, voltando às suas atividades em 1 semana.
A dor que a paciente pode apresentar após o procedimento é de pequena a média intensidade, facilmente controlado com analgésicos. É mais importante nas primeiras 6 horas, regredindo e desaparecendo em 72 horas na maioria das pacientes.

O que acontece com os miomas?

Os miomas regridem de tamanho ou podem desaparecer em até 1 ano. Repete-se a Ressonância Magnética (RM) com 3 meses e faz-se o acompanhamento com Ultrassonografia.

Qualquer mulher pode optar pela embolização em vez de intervenção cirúrgica?

Sim. Qualquer mulher que deseja preservar o útero através de uma técnica minimamente invasiva pode optar pela embolização. Apesar da eficácia do método as indicações e contra-indicações  devem ser discutidas com a equipe médica familiarizada com o método.

Complicações:

  • Em mulheres acima de 43 anos há 10% de risco de evoluírem para a menopausa;
  • Hematomas nos locais de punção;
  • Possível necessidade de reintervenção ao longo dos anos se houver recidiva (aparecimento de outros miomas);
  • Impossibilidade técnica de realizar o procedimento, devido a anatomia ou espasmos das artérias.


Cirurgião Vascular - CRM 8126

  • Médico do setor de Angiorradiologia, cirurgia endovascular e embolizações do Centro Goiano de Cateterismo.
  • Professor de especialização de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular do Hospital das Clínicas de Goiânia.
  • Membro do Departamento de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas.
  • Coordenador do Departamento de Cirurgia Vascular da Santa Casa de Anápolis.

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